Diabéticos têm mais chance de desenvolver gengivite e periodontite

Uma doença que afeta toda a defesa do organismo, principalmente o sistema circulatório, dificultando a reparação dos tecidos ósseos e moles. Essa é a diabetes, mal que afeta 380 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 14 milhões de brasileiros.

A manifestação da diabetes está associada à elevação do nível de glicose no sangue, (hiperglicemia). Isso acontece quando o organismo – em especial o pâncreas – não consegue absorver a quantidade de açúcar produzida pelo corpo através dos alimentos.

Por conta de suas características, é também uma das principais responsáveis pelos casos de gengivite – um estágio inicial de doença gengival – e periodontite, doença gengival avançada com perdas ósseas. Ambas interferem no controle do índice glicêmico devido a presença transitória de bactérias no sangue.

“No primeiro caso, basta observar se a gengiva está muito vermelha, dolorida, inchada e com sangramento. Se isso estiver associado à retração gengival, amolecimento e perda de dentes, e a sensibilidade próxima à raiz, o quadro pode ter evoluido para uma periodontite”, explica o Dr. José Henrique de Oliveira, diretor de Operações e Credenciamento do INPAO Dental, operadora especialista em odontologia.

Segundo ele, o paciente que apresentar essas condições precisa procurar um médico para avaliar se existe a possibilidade dele ter desenvolvimento uma diabetes. “Um cirurgião-dentista tem condições de avaliar se essas manifestações bucais tem relação com a doença, mas é sempre melhor ouvir a opinião de um especialista”, alerta.

Outros sintomas que podem facilitar essa identificação são a boca seca, o mau hálito, a tendência à hemorragia bucal e o insucesso na colocação de implantes. Para se prevenir contra essas manifestações bucais é necessário visitar periodicamente um cirurgião-dentista, melhorar urgentemente a higiene oral e fazer alimentações balanceadas.

Vale lembrar ainda que pessoas com diabetes ou pré-diabetes têm maior risco de apresentar doenças cardíacas, como derrame e outras condições vasculares associadas.

Fonte: Sopa Cultural

Por que os dentes ficam amarelados?

Entenda como o problema começa e saiba como proteger o sorriso

Por que os dentes ficam amarelados? UFSC/Divulgação

Foto: UFSC / Divulgação

Ainda que o envelhecimento natural possa causar o amarelamento dos dentes, são os maus hábitos os principais responsáveis tirar o branco do sorriso. Sabe-se que o cigarro é um dos fatores que mais prejudicam a saúde da boca – e não importa a quantidade. Pela internet, espalham-se formas “caseiras” para branquear os dentes – a maioria delas bastante duvidosa.

– O amarelamento não é uma doença, mas pode ser o sintoma de alguns problemas de saúde. E não adianta escovar mais, pois os pigmentos se depositam na parte interna dos dentes. Apenas um tratamento mais intenso será capaz de clareá-los novamente – explica a dentista Deborah Stona.

Prevenir é a melhor solução

Ter noção de que alguns hábitos podem amarelar os dentes e deixar de lado tudo o que pode ser evitado é a melhor solução para o problema. A dentista Deborah Stona explica que, depois que o amarelamento tomou conta do sorriso, não vai adiantar aumentar a frequência ou o tempo de escovação.

– A escovação só consegue remover os pigmentos superficiais e recentes – diz.

Mesmo que hábitos ruins não sejam comuns, o envelhecimento também é um fator que leva a pigmentação dos dentes. Os tratamentos vão variar de acordo com o tipo. Alguns problemas podem ser resolvidos pelo dentista com uma limpeza mais profunda ou o processo de clareamento. Mas quando o problema é mais intenso, apenas tratamento invasivos, com facetas estéticas ou coroas protéticas vão resolver.

E quanto às fitas adesivas que prometem o branqueamento? Além de estarem proibidas no Brasil, Deborah recomenda que nenhuma solução deve ser aplicada sem o acompanhamento de um dentista:

– Se utilizados de maneira equivocada, esses tratamento pode gerar consequências severas, como sensibilidade excessiva, ulcerações, sangramento na gengiva e até mesmo causar danos à estrutura dentária. Além disso, fitas clareadoras não são confeccionadas de acordo com a arcada dentária do paciente, apenas envolvem os dentes, com isso não promovem a vedação e podem não cobrir a totalidade da estrutura dentária, o que pode ocasionar um clareamento não homogêneo e alterações gengivais.

A dentista Deborah Stona explicou quatro tipos de problemas comuns que podem causar o amarelamento.

Fluorose

Manchas mais esbranquiçadas são sinais de fluorose, uma alteração no esmalte do dente causada pelo excesso de ingestão de flúor.

– Muitos pacientes procuram um dentista para fazer um clareamento e igualar a cor do dente, porém nesses casos é necessário fazer um procedimento chamado microabrasão para remover as manchas e depois, então, realizar o clareamento – conta Deborah.

Amelogênese imperfeita

A amelogênese imperfeita é uma malformação da estrutura dentária de caráter hereditário. Neste caso, segundo a especialista, o clareamento não é um tratamento efetivo.

Fatores extrínsecos

O tabagismo é um dos principais causadores desse tipo de amarelamento dos dentes. O problema, nesse caso, só se resolve se o cigarro deixar de fazer parte da vida do paciente e, então, tratamentos como limpeza e clareamento serão boas soluções.

Dentes sem vitalidade

O tratamento de canal pode, em alguns casos, abrir portas para esse tipo de problema. Pacientes que apresentarem o problema devem procurar um dentista, que pode indicar restauração com facetas ou coroas cerâmicas. O clareamento também é pouco efetivo quando os dentes perdem a vitalidade.

Fonte: ZH

Sinais de que é hora de ir ao dentista

A dor é o principal sinal de alerta, mas feridas e sangramentos também requerem atendimento imediato de um profissional de odontologia

Emergências dentárias acontecem e há quem não saiba identificar os sinais de que é hora de ter uma ajuda especializada de forma imediata. Muita gente inclusive protela enquanto pode a ida ao dentista. Mas de acordo com os especialistas, algumas situações são flagrantes de que um profissional precisa cuidar da saúde bucal.

“A principal urgência em odontologia é a dor. Tem quem sofra com a dor e tente sanar com analgésicos e mil e uma alternativas, fazem bochechos… Embora resolva momentaneamente, não tira a necessidade de ir ao dentista”, explica Vera Soviero, professora da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e coordenadora do curso de odontologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis:

Veja também: Sinais de que a gengiva não está saudável

Esse dolorido desconforto tem uma origem predominante. “A causa mais comum de dor de dente é a cárie, que acontece quando ácidos produzidos por algumas bactérias corroem o esmalte dos dentes e atingem a dentina. Quando a cárie não é diagnosticada no início, a inflamação atinge a polpa do dente, causando o abcesso, que causa inchaço e dor nos tecidos que circundam o dente”, esclarece a dentista Camila Galatti, da Abdala Galatti Odontologia.

Dores durante a mastigação podem estar relacionados tanto a cáries, a doenças periodontais, a fraturas dentárias ou a alguma prótese removível mal adaptada, explica Camila. Dores na região de ATM (articulação temporo-mandibular, que liga o maxilar a mandíbula), próximo ao ouvido, igualmente requerem atendimento o quanto antes.

Dente quebrado ou trincado também requer pronto atendimento. “Dependendo do tipo de traumatismo, o tempo de socorro faz diferença no prognóstico daquele dente”, alerta Vera.

Geralmente, sangramentos indicam inflamação gengival por falha na higiene – a placa bacteriana acumula no espaço entre os dentes e a gengiva, quadro conhecido como gengivite. O uso frequente do fio ou da fita dental ajuda a prevenir e a tratar o problema, aponta Camila. No entanto, ter o acompanhamento do odontólogo evita que a situação se agrave a ponto de causar uma periodontite ou a perda do dente.

Se o sangramento for abundante, acompanhado de inchaço da gengiva e de um odor forte, agende o quanto antes uma consulta. “Esses sintomas indicam doença periodontal e que o osso que circunda o dente já foi atingido. Se há sangramento espontâneo, pode haver alguma doença concomitante [além do problema bucal]”, analisa Vera.

Já casos em que a pessoa observa feridas na boca exigem observação atenta, sendo que é normal que surjam aftas ou que a pessoa morda a língua ou a bochecha, por exemplo. Mas se a ferida não cicatrizar em um período de até sete dias, independente de haver dor, procure a orientação de um especialista.

Sensibilidade nos dentes ao ingerir algo gelado e que passa tão logo o estímulo acabe é comum, segundo Vera. “A dentina é a parte mais vascularizada e enervada, quando ela fica exposta por desgaste no esmalte, seja por fratura, queda de restauração, ou exposição de raiz, a gente sente dor. Isso acontece quando ingerimos alimentos quentes, ácidos ou gelados”, pondera Camila.

Mas é preciso ligar o sinal de alerta se a dor for persistente. “É um indício de que pode ser necessário fazer tratamento de canal. Essa dor tende a piorar quando a pessoa está na posição deitada, então, é comum queixas de dor ao acordar ou não conseguir dormir devido à dor”, conclui Vera.

Fonte: Grande FM

5 hábitos que podem prejudicar os dentes – como escová-los logo após as refeições

Dizem que o sorriso é como uma carta de apresentação. O que muitos não sabem é que vários hábitos corriqueiros podem ter consequências sobre nossa saúde bucal – e ameaçar o aspecto do sorriso.

O esmalte dental é a parte mais dura de nosso organismo e a única proteção real que os dentes têm de ataques externos, principalmente da placa bacteriana, por isso, preservá-lo é fundamental para manter a saúde bucal.

Fumar é definitivamente um dos piores hábitos para isso – e para nosso corpo em geral -, mas existem muitos outros. A seguir, o especialista em odontologia preventiva e comunitária Juan Carlos Llondra Calvo, da Universidade de Granada, na Espanha, explica quais são e seus efeitos sobre os dentes.

1. Escovar os dentes logo após comer

iStock

Desde pequenos, aprendemos que devemos escovar os dentes após comer, de preferência logo após uma refeição. Mas por quê?

A recomendação se deve ao fato que alguns alimentos, como batatas fritas, sucos cítricos, bebidas gasosas e alcoólicas, são ácidos. “O problema é que o esmalte começa imediatamente a perder cálcio, deixando o dente menos rígido, e a escovação só piora a situação”, afirma Calvo.

O especialista recomenda esperar de 20 a 30 minutos para escovar os dentes, o que dá tempo para que o ácido seja neutralizado e o cálcio que se encontra dissolvido na saliva volte a se prender ao esmalte.

O mesmo vale para o vômito. Ainda que vomitar deixe uma sensação e gosto muito ruins na boca, o melhor é não limpar os dentes de imediato. Mas, se foram ingeridos alimentos não muito ácidos, Calvo recomenda escová-los assim que se acabar de comer.

2. Roer as unhas

iStock

Muitas pessoas têm o hábito de roer as unhas. Além de não ser higiênico – e de eventualmente causar feridas nos dedos -, esse costume pode ser muito ruim também para a saúde bucal.

Segundo Calvo, as bactérias nas unhas podem provocar infecções no sistema digestivo e na boca.

3. Nadar na piscina

iStock

As piscinas costumam ser tratadas com uma grande quantidade de cloro para ajudar a manter seu pH, e isso pode ser prejudicial para o esmalte dental das pessoas que nadam nelas.

No entanto, não é preciso se alarmar demais já que, de acordo com Calvo, isso afeta mais quem passa de cinco a seis horas por dia na água.

Nestes casos, o especialista recomenda escovar os dentes com uma pasta com flúor e fazer um enxague bucal com flúor uma vez por semana.

4. Usar os dentes como ferramentas

iStock

“O que é terminantemente proibido é usar os dentes como ferramentas”, diz o odontologista. Ele se refere a hábitos como, por exemplo, destampar garrafas, frascos e embalagens de papelão ou papel, o que pode desgastar e quebrar os dentes.

E, ainda que pareça ser menos prejudicial, também não é recomendável usar os dentes para cortar fios. Calvo explica que essa ação pode gerar fissuras invisíveis a olho nu que, depois, podem permitir uma fratura do dente mesmo com um impacto mínimo.

5. Mastigar cubos de gelo

iStock

Quem tem o costume de mastigar cubos de gelo que restam no copo de uma bebida também precisa rever este hábito, segundo o dentista.

Fazer isso com frequência ou mastigar muito gelo de uma só vez pode fraturar os dentes ou gerar rachaduras. Calvo ressalta que o risco é ainda maior para quem tem implantes ou coroas na arcada.

6. A forma como se escova os dentes

iStock
Image copyright

O que é melhor: movimentos horizontais, verticais ou circulares? Devemos usar uma escova manual ou elétrica? “Não importa, desde que seja sempre da mesma forma e por no mínimo dois minutos”, afirma Calvo.

O método ideal é dividir a boca em quatro partes, diz o odontologista, e limpar primeiro a parte superior esquerda, depois a direita. Em seguida, a parte inferior esquerda e, por fim, a direita. Deve-se levar meio minuto em cada região, da gengiva para o dente, para não machucar a gengiva.

Também é importante fazer movimentos suaves, já que, se forem muito fortes, pode gerar uma abrasão dos dentes, sobretudo quando se usa uma escova manual, porque a elétrica tem um controle de pressão.

O especialista ainda recomenda trocar de escova a cada três meses ou antes, se as cerdas estiverem deformadas, o que impede uma boa limpeza, e não se esquecer de escovar a língua, que absorve bactérias como uma esponja e, depois, as espalha quando se passa a língua nos dentes.

Fonte: BBC

Boca fechada: dicas ajudam a escapar do contágio da H1N1

A H1N1 é uma doença respiratória parecida com uma gripe, só que com sintomas e intensidade bem mais fortes. Causadora de uma epidemia no país, que já matou mais de 200 pessoas só este ano, uma das principais preocupações que envolve esta doença é sua forma de contágio que pode ser através da saliva. Para te ajudar a escapar desse mal, seguem algumas dicas de prevenção dadas por quem mais entende de boca e saliva, o dentista!

xx3
Perdigotos são aquelas gotículas que saem da nossa boca e nariz quando tossimos ou espirramos. Apesar de parecerem inofensivas, elas são capazes de alcançar grandes distâncias levando um possível vírus até outra pessoa. Foto: Alenkadr / Shutterstock

Antes de mais nada, é importante dizer que atualmente a melhor forma de prevenção é a vacina própria para essa doença que já está disponibilizada em diversos postos de saúdes espalhados por todo o país.

No entanto, dicas de comportamento que podem colaborar nessa luta nunca são demais. Se a H1N1 pode ser transmitida pela saliva, a primeira ordem para escapar dela é evitar compartilhar qualquer objeto/alimento que se costuma colocar na boca, e isso inclui escovas de dente, talheres, pirulitos e etc. Quem tem o hábito de colocar a mão na boca o tempo todo, seja para roer unhas, chupar o dedo ou qualquer outro motivo também precisa ficar atento e rever alguns costumes.

“É fundamental lavar as mãos em qualquer situação, seja após usar o banheiro ou ao chegar da rua em casa ou no trabalho. É bom evitar os cumprimentos com apertos de mãos e beijinhos, beber bastante água, ter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física. É importante cuidar do seu estado imunológico. Boa imunidade é a melhor prevenção”, diz Karyne Magalhães, cirurgiã-dentista habilitada no diagnóstico e tratamento das disfunções salivares e membro da Associação Brasileira de Odontologia de Goiás (ABO-GO).

Cof, cof, cof… 

Já ouviu falar em perdigotos? Eles nada mais são do que aquelas gotículas que saem da nossa boca e nariz quando tossimos ou espirramos. Apesar de parecerem inofensivas, elas são capazes de alcançar grandes distâncias levando um possível vírus até outra pessoa. “O ideal é sempre colocar a mão ou um lenço sobre a boca ao tossir ou espirrar”, diz a especialista.

Segundo ela, ainda não é o caso 威而鋼
de apelarmos para aquelas máscaras de feltro ou tecido que tapam a boca. “Elas diminuem o risco de contágio e se forem uma opção para você, o ideal é trocá-las toda vez que ficarem úmidas ou ao fim do dia, pois são descartáveis e não podem ser reutilizadas”, diz Karyne.

Atenção beijoqueiros! 

Bom, se essa doença pode ser transmitida pela saliva, é claro que beijos na boca estão na zona de risco. “Mas é muito complicado pedir para que as pessoas evitem o beijo, né? O que pedimos é que tomem cuidado com quem estão beijando. Beijoqueiros de carnavais fora de época, baladas e festas podem correr um risco maior que a maioria das pessoas”, diz a dentista.

Poder da higiene bucal 

Há quem pergunte aos dentistas se é possível evitar a H1N1 escovando muito bem os dentes e usando enxaguantes fortes a base de álcool.

“A higiene bucal é de extrema importância em qualquer situação, porém como a gripe é provocada por vírus, essa prática higiênica não tem poder de mata-lo. Higienizar a cavidade bucal reduz consideravelmente a carga microbiana, mas não evita a transmissão do H1N1”, diz Karyne.

Mas é importante ressaltar: após ser curado da H1N1, de qualquer outra gripe ou de doenças de fácil contágio, é fundamental que se troque a escova de dente para evitar uma nova contaminação.

Fonte: Terra

Quase 50% dos idosos brasileiros já perderam todos os dentes

Estudo ainda revela que mais de 50% dos idosos apresentam alguma perda dental e apenas 2% têm todos os dentes saudáveis

O resultado do último levantamento de saúde bucal feito em todo o Brasil, em 2010, avaliou 7619 idosos e constatou que o índice CPOD (Dentes Perdidos, Cariados e Obturados), que varia de 0 a 32 e, quanto maior, pior a condição de saúde bucal foi de 27,53 entre as pessoas de 65 a 74 anos.

“Desse total de idosos, 47,03% (3.583) haviam perdido todos os seus dentes, 50,95% (3.882) apresentavam alguma perda dentária e apenas 2,02% (154) apresentavam todos os dentes saudáveis na boca (sem cárie ou restaurações)”, diz Eduardo Hebling, professor e coordenador do Curso de Especialização em Odontogeriatria da FOP/UNICAMP.

De todos os analisados no estudo, apenas 1,8% não apresentavam nenhum problema periodontal
De todos os analisados no estudo, apenas 1,8% não apresentavam nenhum problema periodontal

Foto: glayan / Shutterstock

O mais triste foi que esse mesmo estudo constatou que entre os idosos que residem em casas de repouso o percentual de desdentados é ainda maior: 70%. E, de todos os analisados no estudo, apenas 1,8% não apresentavam nenhum problema periodontal.

Causas mais comuns 
A causa desses índices tão alarmantes é bastante clara para Eduardo. “A maioria das pessoas adultas e idosas, atualmente, não tiveram acesso a medidas preventivas coletivas de cárie dentária como a fluoretação das águas de abastecimento público (introduzida em 1974), o uso de pastas fluoretadas (introduzido em 1984) e a filosofia de atendimento odontológico preventivo, com redução das extrações dentárias”, diz o especialista.

Segundo ele, quando a implementação dessas medidas aconteceram a maioria dos idosos atuais já eram adultos e já apresentavam perdas dentárias parciais ou totais.

“No passado, pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde, um hábito cultural da população era de, ao menor sinal ou sintoma de desconforto dentário, solicitar ao dentista a extração dos dentes”, diz Eduardo.

Já a perda dentária tardia tem como principal causa a deficiência nos hábitos de higienização dentária, seja pela baixa frequência, pela perda de habilidade motora ou por défict cognitivo. Além disso, outra doença que pode levar a perda dentária é a doença periodontal (processos inflamatórios na gengiva).

Queda na qualidade de vida 
Já é fato comprovado que a falta de um ou mais dentes pode ser mais prejudicial à saúde do idoso do que você imagina. “Elas podem levar a uma redução na capacidade mastigatória, no desenvolvimento de disfunções na articulação temporo-mandibular (podendo acarretar dores crônicas de cabeça e ouvido), na alteração das linhas de expressão da face (induzindo a uma aparência mais velha), em alterações da fala e da deglutição, na capacidade de nutrição e na socialização do indivíduo, com perdas de qualidade de vida notória”, diz o especialista.

Contudo, hoje, os idosos estão cada vez mais participativos na sociedade. “Se interagem mais socialmente, necessitam mais da presença de dentes (naturais ou artificiais, com uso de próteses), para falar, comer, rir, expressar, cantar, sorrir, entre outras ações cotidianas e de relacionamento. Esse fato faz com que a procura por manter e cuidar da dentição e das condições de saúde bucal possa aumentar nessa faixa etária”, diz o especialista.

Para a alegria dessas pessoas, hoje é possível corrigir a perda dental. A substituição dos dentes perdidos através de próteses e implantes permite restaurar e minimizar essas alterações decorrentes da perda dentária, melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.

Expectativa positiva 
E a tendência é só melhorar. Segundo Eduardo, os especialistas esperam que as próximas gerações cheguem aos 60 anos com um sorriso mais bonito que o de seus avós.

“Graças a aplicação de métodos preventivos coletivos e individuais contra a cárie aplicados nos dias de hoje, a atual população jovem vai conseguir manter mais dentes hígidos (sem cárie e sem restauração) na boca quando forem mais velhos”, diz o especialista sempre lembrando que os cuidados com a dieta e a

higienização bucal devem estar sempre em dia.

Fonte: Terra

Como escovar e limpar o seu aparelho ortodôntico

Quando usamos Aparelhos Fixos, precisamos escovar bem os dentes. Pois, as bactérias e os restos de alimentos acumulam-se nos aparelhos ortodôntico mais facilmente, assim, é necessário eliminá-los completamente, para evitar doenças bucais

01 – Com uma escova de cerdas macias e um pouco de pasta dental, escove a parte que está entre o braquete e a gengiva e depois a parte de baixo do aparelho, sempre suavemente e com movimentos circulares.
02 – Escove os braquetes com um movimento suave, de cima para baixo. Faça isso aproximadamente 10 vezes cada.
03 – Coloca a escova de forma horizontal e escove os braquetes bem suavemente.

escovando
04 – Escove a parte interna de todos os dentes e a parte superior dos molares, que são os dentes do fundão.
05 – Use uma escova interdental para limpar corretamente as laterais dos braquetes, por debaixo do fio ortodôntico.
06 – Não esqueça de utilizar o fio dental entre os dentes, passando por sub o fio ortodôntico. Com a ajuda de um passa-fio essa tarefa fica bem mais fácil!

Fonte: Ortoblog

Aprenda a tratar lábios ressecados e saiba protegê-los nos dias frios

Entre os responsáveis pelo ressecamento dos lábios nesta estação estão o ar condicionado, o frio, o vento e a obstrução nasal

Eles são uma poderosa arma de sedução. Desde que estejam hidratados, claro. “Além de ser mais fina do que em outras regiões, a pele dos lábios está sempre exposta, e acaba sofrendo traumas e agressões com mais facilidade”, explica a dermatologista Flavia Ravelli. Para combater e reverter o problema, o jeito é adotar uma rotina de cuidados, especialmente quando a temperatura cai.

Entre os responsáveis pelo ressecamento dos lábios nesta estação estão o ar condicionado, o frio e o vento, que atingem em cheio o rosto. “Em baixas temperaturas, a desidratação ainda pode ser agravada pela obstrução nasal, que obriga a respirar predominantemente pela boca”, destaca Flavia. Hábitos como passar a língua pela boca frequentemente também comprometem a saúde dos lábios. “Apesar de parecer reconfortante para quem está sofrendo com rachaduras, o gesto piora o ressecamento. Além disso, algumas enzimas presentes na saliva podem favorecer o aparecimento de uma inflamação local”, alerta Claudia Marçal, também dermatologista.
O cigarro é outro vilão, já que diminui a irrigação no local. “Quem fuma acelera a degradação do colágeno dos lábios. Com isso, também aparecem aquelas rugas verticais ao redor da boca”, acrescenta Claudia. Alimentos muito ácidos, apimentados e bebidas quentes também estão na lista de itens que devem ser evitados, assim como cosméticos formulados com ativos sintéticos. “Batom ou gloss com corantes como eosina e fluoresceína, fragrâncias sintéticas e parabenos, podem provocar ardência, rachaduras e os lábios mais ásperos”, enumera.
Hidratação já!
A descamação dos lábios é o sinal evidente de que é preciso tratar a desidratação e, por mais tentador que pareça, puxar estas pelinhas só agrava a situação. “Quem faz isso machuca ainda mais a região e abre uma porta para a entrada de bactérias, fungos e vírus, principalmente o da herpes”, alerta Flavia. Nesse caso, o primeiro passo é hidratar de dentro para fora, ingerindo dois litros de água por dia, no mínimo.
Outro cuidado importante é caprichar nos hidratantes labiais potentes. Procure nos rótulos as fórmulas que contenham ao menos alguns destes ativos: dexpantenol, ceramidas, vitamina E e A, bisabolol, manteiga de karité, manteiga de cacau, ácido hialurônico, silicones e cera de abelhas. A aplicação destes produtos deve ser feita sem moderação, várias vezes ao longo do dia, já que ao comer, beber e falar removemos progressivamente os ativos em contato com os lábios.
Durante o tratamento das rachaduras, evite escovar os dentes ou lavar o rosto com água quente, para não agravar o ressecamento. E, mesmo no frio prevaleça, não esqueça o protetor solar para os lábios. “Os raios solares, em excesso, também danificam a semimucosa labial e diminuem as células de defesa, predispondo ao herpes labial, entre outras doenças”, esclarece Flavia. Batons hidratantes que também funcionam, basta certificar-se de que eles possuem os ativos já citados. “Brilhos labiais também ajudam, à medida que formam um filme protetor nos lábios, impedindo a perda rápida de água”, ensina.
Receitas caseiras

As soluções caseiras também são aliadas no combate ao ressecamento dos lábios. Se sentir ardência, a sugestão é fazer uma compressa com chá de camomila gelado por dez minutos. “Outra dica é fazer uma mistura homogênea e pastosa de água mineral com amido de milho, aplicar nos lábios e deixar agir por 10 a 15 minutos. Além de hidratar e amaciar, acalma a região e ajuda a remover de modo delicado as peles que estão se soltando”, afirma Claudia. Para uma máscara noturna altamente reparadora, espalhe nos lábios uma pomada hidratante com vitamina B5 e adicione uma gota de óleo de amêndoas. “Basta massagear bem essa misturinha antes de dormir e deixar agir durante a noite toda”, recomenda.

Fonte: Uol

Todo CD pode cuidar de grávida, mas de forma adequada

O cirurgião-dentista tem um papel fundamental com relação a pacientes grávidas: é preciso estar atento quanto à importância de orientá-las e tratá-las de forma adequada. Essa conduta beneficia a saúde da futura mãe e a da criança. Segundo o odontopediatra Gabriel Tilli Politano, todo profissional pode atender a uma gestante, mas se ele não se sentir à vontade, seja por limitações técnicas ou não, deve recomendar ou encaminhá-la para quem tenha o hábito de atender a esse tipo de caso.

Politano diz que há dentistas que simplesmente não atendem às grávidas ou passam informações inadequadas para elas. E, o que poderia ser pior, eles algumas vezes não estimulam a paciente a procurar outro profissional. “Não existe especialista para esse caso, mas os profissionais de odontopediatria, no geral, acabaram assumindo esse papel”, afirma.

Ele ressalta que quando a mulher está grávida deve evitar passar por procedimentos desnecessários no momento, como tratamentos estéticos, implantes, extração de dentes do siso e colocação de aparelho. “Isso ajuda a evitar complicações, como inflamações”, diz. Por outro lado, há situações que exigem tratamento. “Deve-se avaliar a saúde gengival e, caso haja doença periodontal, é preciso tratá-la”, diz Politano. O CD destaca ainda que durante a gestação, por questão hormonal, as mulheres ficam mais propensas a desenvolverem doença periodontal, que é considerada um fator de risco para nascimento prematuro do bebê.

Outros pontos relevantes, de acordo com Politano, são os cuidados básicos com técnicas de avaliação de sinais vitais, como aferição de pressão arterial e medição da frequência cardíaca, e o entendimento da questão da anestesia. “Existe um mito, inclusive entre cirurgiões-dentistas, de que a grávida não pode ser anestesiada, mas de fato pode”, diz Politano. Segundo ele, o CD deve usar anestesia com vasoconstritor adrenalina em gestantes saudáveis. “O que não pode é a paciente ficar sem tratamento quando mais precisa ou sentir dor”, completa.

Prevenção – Essa questão da paciente grávida pode ser uma oportunidade. De acordo com a cirurgiã-dentista Érika Vassolér, consultora da Condor e proprietária de um consultório em São Bernardo do Campo (SP), o profissional pode fazer um trabalho preventivo com suas pacientes, de educação e orientação. “O ideal é a paciente procurar o dentista antes de engravidar, para avaliação, orientação e tratamento”, diz.

Érika acrescenta que o CD pode ter a iniciativa de buscar, entre suas pacientes, aquelas que planejam se mamães. “Quem vai ao dentista antes pode evitar o surgimento de problemas de saúde bucal e a necessidade de tratamento durante a gravidez”, finaliza.

Fonte: ABO

‘Lente de contato’ para dente corrige imperfeições e evita desgaste

Técnica da moda pode encobrir manchas leves, lascas e fraturas. Porcelana superfina também aumenta o tamanho de dentes separados.

Lente de contato para dentes (Foto: Divulgação)

Dentistas têm usado “lentes de contato” superfinas feitas de porcelana para corrigir imperfeições, manchas leves, lascas e fraturas de pacientes. A principal vantagem desse método, que custa entre R$ 1.500 e 3.000 por dente e pode durar até 20 anos, é evitar o desgaste do esmalte natural da pessoa, ao contrário do que fazem as facetas comuns.

Segundo o especialista em dentística (estética) e próteses Mauro Piragibe Junior, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia, a técnica existe há alguns anos, mas agora virou moda.

A lente tem entre 0,2 mm e 0,4 mm de espessura, enquanto as facetas normais têm pelo menos 1 mm. Pode se beneficiar também quem quiser aumentar o tamanho dos dentes, se forem separados – o espaço entre eles é chamado de diastema.

“Se o dente for torto, dá para corrigir o posicionamento e alinhá-lo com o do lado. E é possível usar a lente em um dente só ou vários, mas em geral isso é feito aos pares, normalmente dos dentes da frente (incisivos) até no máximo o primeiro pré-molar”, explica Piragibe Junior. Assim, de dois em dois, fica mais fácil obter um bom resultado de cor e aparência, sem diferenças entre um dente homólogo e outro.

Cada lente é colocada após a confecção de um molde e a aprovação do paciente. O material é aplicado em uma única sessão: o profissional primeiro passa um ácido no dente, para torná-lo poroso, depois põe um cimento adesivo e um produto químico chamado silano, composto de silício e hidrogênio, que cola esse cimento na porcelana.

Lente de contato para dentes (Foto: Divulgação)
Técnica é geralmente feita aos pares, para ter melhor resultado de cor e visual (Foto: Divulgação)

O especialista em estética e implantes dentários Milton Raposo Junior, que trabalha com lentes de contato há quatro anos, destaca que, em uma raspagem convencional, ainda existe o risco de atingir a dentina, segunda camada do dente, onde há terminações nervosas que podem causar dor ou sensibilidade. Por essa razão, no método convencional, o paciente precisa ser anestesiado – o que não ocorre com a lente.

De acordo com os dentistas, esse método é contraindicado para quem range os dentes, tem o hábito de roer as unhas ou morder objetos como pontas de caneta. Nesses casos, as facetas mais grossas são melhores.

A manutenção da lente de contato é feita no próprio consultório, nas consultas de rotina. De acordo com Piragibe Junior, o ideal é voltar ao especialista a cada seis meses no começo, e depois aumentar esse intervalo para um ano.

“Além disso, não é necessário evitar o consumo de determinados alimentos ou bebidas. A porcelana tem propriedades muito parecidas com as do esmalte do dente, e pode ser até mais resistente que ele”, diz o especialista.

Fonte: G1