Mau hálito pode ser sinal de doença grave

Este é um problema que atinge cerca de 30% da população brasileira. O que muitos não sabem é que a halitose nem sempre está ligada a falta de higiene ou descuido com a saúde bucal.

O portador, que muitas vezes vira motivo de chacota, pode estar sofrendo de diabetes não controlada, refluxo, alterações hepáticas, renais, intestinais e até doenças como o câncer de estômago.

O cirurgião-dentista e presidente da Abha (Associação Brasileira de Halitose) Marcos Moura ressalta que em 90% dos casos o problema surge na cavidade bucal e não tem como a pessoa descobrir sozinha que tem mau hálito. “Apesar de existirem muitos boatos e teorias na internet, a única forma de descobrir que tem é perguntando para alguém próximo. Porque existe um processo chamado fadiga olfatória, em que o nosso nariz se acostuma com o nosso cheiro e impossibilita a identificação. Se coloco um perfume, por exemplo, após 20 minutos não sentirei mais o seu cheiro, o mesmo acontece com a boca que fica tão perto do nariz”, detalha o especialista.

Pesquisa realizada em 2008 pela Abha mostrou que 99% das pessoas que têm hálito desagradável preferiam ser avisadas, sendo assim, Moura reforça que o alerta deve ser feito com cautela. “É desagradável, mas se a pessoa observar um odor continuo, ela precisa avisar porque pode ser algo mais grave. O aconselhável é conversar com a pessoa em local isolado e com calma e relatar com cuidado. Lembrando também que o mau hálito não é só uma questão de falta de higiene, mas tem que avisar”, indica Marcos.

Quando a halitose é detectada na boca, suas possíveis causas podem ser saburra na língua, doenças da gengiva, gengivite e periodontite ou problemas na salivação. Para evitar, o dentista aconselha que a pessoa escove os dentes pelo menos três vezes por dia, passe o fio dental uma vez e use após todas as refeições o limpador de língua que controla a saburra.

“Não existe cura milagrosa, existe o acompanhamento. O mau hálito é fisiológico, se tenho uma boa salivação, uma boa higiene bucal, isso provavelmente não vai acontecer. A gente brinca que a saliva funciona como um ”detergente bucal”. Quando não escovo os dentes, a saliva tem uma ação antimicrobiana, ela está lavando a minha boca para não deixar que as bactérias fiquem paradas causando mau cheiro”, explica o profissional, que também lembra que todos sofremos com o mau hálito algumas vezes durante o dia. “Após acordar, ficar um longo período em jejum ou comer determinados alimentos, todos nós temos mau hálito. Eu acordei hoje com um hálito ruim, mas tomei meu café, fiz a devida higiene e resolvi esse problema por enquanto.

O mau hálito não tem cura, ele tem controle. Se a pessoa sofre de halitose o mais aconselhável é procurar um dentista para o tratamento ideal, entretanto, se o problema persistir é possível que o caso seja de origem sistêmica e o ideal é procurar ajuda médica imediata. “Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor”, finaliza Marcos.

A diretora da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas) Regional Santo André, Renata Pinchiari, destaca que se alimentar de duas em duas horas ajuda a evitar o mau hálito. “A alimentação periódica evitando o jejum é muito importante. Além do dentista, é importante procurar outros especialistas se a causa for sistêmica”, frisa a dentista.

Pesquisa
A pesquisa elaborada em 2008 pela Associação Brasileira de Halitose aponta algumas vertentes sobre a incidência da doença como idade, tempo que a pessoa tem o mau hálito e se já foi alertada por amigos e familiares sobre o problema.

Segundo o estudo, que avaliou 127 pessoas com halitose, 88% dos entrevistados teve a vida mudada por causa do problema, 61% são do gênero feminino, 19% já sofre halitose entre 3 e 5 anos, e 4% tem a doença há mais de 40 anos. A faixa etária que mais sofre com halitose é entre 30 e 39 anos.

Cerca de 76% dos entrevistados já foram alertados por alguém, sendo que em 53% dos casos o alerta veio da família. Já 35% perguntaram para alguém, 49% receberam o alerta com constrangimento, enquanto 27% receberam com naturalidade. Boa parte não se sentiu ofendida com o recebimento do alerta. Esse número corresponde a 48%. Apenas 1% não preferia ser alertada.

A amostragem também acusou que os 127 entrevistados que sofrem da halitose também roncam (62%), 60% tomam antidepressivos e 52% não fazem praticam exercícios físicos.

Fonte: Diário do Grande ABC

Probióticos diminuem doenças bucais em pessoas com dentadura

Segundo a Faculdade de Odontologia da USP, cerca de 25% a 50% da população possui Candida (fungos) na boca sem apresentar sintomas. Porém, quando analisadas apenas as pessoas que usam dentadura, esse número sobe para 64%. Isso porque o material do qual é feito a base das dentaduras é bastante atrativo para a Candida. Para piorar, quando a higienização da boca e da prótese é deficiente, a região fica ainda mais vulnerável ao ataque desses microorganismos que podem causar infecções.

A boa notícia é que esse problema pode estar com os dias contados. Pesquisas feitas pela FOUSP mostram que os probióticos (bactérias do bem), quando administrados em quantidades adequadas, podem diminuir a presença de fungos e de infecções na cavidade bucal. “As bactérias probíoticas têm a capacidade de modificar o equilíbrio microbiológico e reduzir o crescimento de fungos, como as espécies de Candida”, diz Atlas Nakamae, professor do Departamento de Prótese da FOUSP e orientador da pesquisa.

Os pesquisadores optaram por fazer testes com probióticos porque os antifúngicos tradicionais utilizados para esse tipo de tratamento, apesar de bastante eficientes, estavam causando efeitos colaterais em alguns pacientes. “Foram percebidos náuseas, vômitos e diarréia, além da resistência do fungo aos medicamentos depois de um tempo. Por causa disso, optamos por fazer testes com substâncias naturais, como os microorganismos vivos”, diz o especialista.

A pesquisa e os resultados

A pesquisa foi feita com pacientes assintomáticos da Candida. Durante oito semanas os probióticos foram administrados em queijo minas frescal. Cada um deles deveria comer uma fatia de queijo por dia. “Havia dois grupos experimentais (cada grupo ingeriu as fatias de queijo com tipos de probióticos diferentes) e um grupo controle (pacientes que ingeriram queijos sem probiótico nenhum)”, diz Atlas.

Também foram feitas coletas das amostras bucais dos pacientes antes do início da pesquisa e ao fim dela para verificar se realmente havia uma diminuição da colonização dos fungos. “Foi observada uma redução significativa dos níveis de colonização de Candida nos dois grupos experimentais, enquanto nada aconteceu no grupo controle. Os probióticos foram suplementados em queijos distintos; desta forma conseguimos identificar exatamente os responsáveis pela redução”, diz o especialista.

Fonte: Alagoas 24 Horas

Especialista explica como beber vinho sem manchar os dentes

Tomar água junto com a bebida alcoólica e manter a higiene bucal em ordem faz com que os pigmentos não impregnem no dente

Com esse friozinho um bom vinho tinto é sempre uma boa pedida. Mas a ingestão dessa bebida requer alguns cuidados, inclusive quando o assunto é saúde bucal. Isso porque o vinho tem em sua composição alguns pigmentos altamente nocivos ao esmalte dental.

“Os vinhos tintos possuem uma acidez que contribui para a desmineralização dos dentes e permite uma adesão aos pigmentos naturais da bebida (como o tanino) com mais facilidade”, diz a nutricionista Dayany Araújo Farias, coordenadora clínica do Hospital Nove de Julho.

Para o cirurgião-dentista especializado em estética, Antônio Salomão Braz, o álcool presente nos vinhos é outro ponto que prejudica o sorriso, e não só o esmalte dentário. “O álcool e a acidez do vinho podem diminuir a quantidade de saliva (em até 30%), atrapalhando o processo de limpeza da boca e, em alguns casos, causar sensibilidade nos dentes”, afirma.

Truque

Segundo Dayany, tomar água junto com o vinho é uma boa dica para que a saúde bucal não seja prejudicada. “A água ingerida junto com o vinho diminui a acidez responsável por facilitar a adesão da pigmentação nos dentes além de fazer o papel de hidratante da mucosa da boca, auxiliando na remoção de resíduos alimentícios”, diz.

Outra dica simples e fácil é sempre manter uma boa higiene bucal. “Se você já tem o costume de escovar os dentes três vezes ao dia e usar fio dental não há muito com o que se preocupar. Quando os dentes estão limpos eles ficam com suas superfícies lisas, o que dificulta que os pigmentos do vinho grudem na sua estrutura”, afirma Antônio.

Outros alimentos que mancham os dentes

Mas não é só o vinho tinto o grande vilão dos dentes brancos. Existe no mercado uma porção de alimentos e bebidas que, se ingeridos com exagero, podem prejudicar a beleza do sorriso. “Refrigerantes, sucos de caixinha, molho shoyo, catchup, café, chá mate e açaí são alguns exemplos de alimentos a serem evitados. Alguns corantes presentes neles são artificiais e não possuem valor nutritivo nenhum”, diz a especialista.

Fonte: Terra

Placa bacteriana pode ser removida com escovação e higiene bucal adequada

A placa bacteriana ou BIOFILME, que é o termo mais atual, é definida pela camada de micro-organismos que fica firmemente aderida sobre as superfícies de dentes. O BIOFILME é formado por muitas colônias de bactérias, células da mucosa, células de defesa do sangue, enzimas, sais minerais, proteínas, pigmentos e restos alimentares. Ele pode ser considerado um ecossistema e sofre mudanças contínuas, variando em composição nos diferentes locais da boca, e de pessoa para pessoa.

Calcula-se que mais de quinhentas espécies microbianas sejam capazes de colonizar a cavidade bucal, e que cada um de nós possa ter cerca de 150 a 200 espécies. Mas não se assuste, nem todas as bactérias são ruins – algumas até são necessárias.

Em condições normais, esses micro-organismos não causam danos. As bactérias defendem a cavidade bucal contra a invasão de outros organismos, como os causadores de cáries e periodontite. Além disso, os micro-organismos contribuem para a síntese de vitaminas e proteínas. Porém, o excesso deles pode ser prejudicial.

Colonização expressa

Logo após uma limpeza profissional – quando o biofilme é totalmente removido – o dente começa a ser novamente colonizado pelas bactérias. Em 24 horas sem higienizar os dentes, já temos uma camada de biofilme clinicamente visível. Após 24 horas, o crescimento da comunidade bacteriana vai se tornando mais complexo e com diferenças na composição: o biofilme supragengival – formado acima da borda da gengiva, a parte visível do dente – e o biofilme subgengival – formado abaixo da borda gengival, no sulco da gengiva, aonde o fio dental deve limpar.

A falta de higiene no sulco gengival facilita a inflamação da gengiva, provocando a gengivite, que em alguns casos pode evoluir para periodontite. Por isso, a higiene bucal é muito mais do que a limpeza da boca e dos dentes. É um gesto de saúde.

Por isso é muito importante escovar os dentes pelo menos a cada oito horas, mesmo que não tenhamos comido nada. O crescimento das bactérias não para, é contínuo, e precisamos remover o BIOFILME sempre. Apesar de bem aderido ao dente, o BIOFILME é de consistência mole, e pode de ser removido com uma higienização bem feita. Já o tártaro – aquelas minúsculas pedrinhas calcificadas que se acumulam entre os dentes – é mais difícil de ser removido e só um dentista poderá retirá-lo com segurança. 

Certifique-se de que a limpeza foi bem feita

Escovar os dentes – usando escovas de cerdas macias, de cabeça pequena e fazendo movimentos circulares bem pequenos – é um ato simples, mas seu dentista pode dar orientações de como conseguir uma escovação eficaz e um a higiene perfeita. Para a higiene bucal ser completa é preciso usar corretamente o fio dental e o raspador de língua.

O fio ou fita dental deve ser utilizado no mínimo uma vez por dia, pois o uso da escova de dente, por mais eficiente que seja, não consegue remover os resíduos depositados nas áreas entre os dentes. O raspador de língua é um instrumento de higiene bucal desenhado especificamente para a limpeza da língua. Eles são capazes de remover a saburra lingual, ou seja, a placa esbranquiçada que recobre a superfície da língua. A limpeza da língua é importante para eliminar o mau hálito, reduzir cáries, doenças periodontais, tártaros, infecções de gengiva e garganta. Hoje sabemos que muitas doenças do nosso organismo são causadas por vírus e bactérias da cavidade oral. Embora a pasta de dente não seja indispensável, a remoção do biofilme é 70% maior quando se usa dentifrício. Além disso, a formação de uma nova placa é reduzida em 45% com o uso de creme dental.

O uso de enxaguante bucal com flúor é importante principalmente à noite. Durante o sono a salivação diminui e o com isso o efeito protetor da saliva contra as bactérias fica prejudicado. Alguns enxaguantes possuem álcool, o que não é recomendado para a saúde bucal – essa substância pode causar a descamação de células da mucosa. Dessa forma é melhor escolher produtos que não tenham o álcool em sua composição.

A limpeza profissional ou profilaxia tem como objetivo a prevenção de doenças bucais. Faz parte da profilaxia o exame meticuloso da cavidade bucal, dentes e gengivas, mucosas, restaurações e próteses, correção de saliências que dificultam o uso do fio dental e a instrução e demonstração de como efetuar uma higiene adequada.

A remoção do tártaro supragengival é feita utilizando-se instrumentos manuais, e também o ultrassom. Em pacientes com alto índice de cáries e em crianças é aplicado um gel de flúor, para proteger a estrutura mineralizada do dente dos ataques ácidos das bactérias.

A profilaxia ajuda a prevenir a necessidade de tratamentos extensos e caros e colabora para que você sorria com saúde.

Fonte: Minha Vida

Conheça as sete doenças bucais mais comuns causadas pelo fumo

Boa parte da população já sabe que o fumo pode causar uma série de doenças e compreende que esse não é um hábito saudável. Porém, poucas pessoas conhecem quais são as sete doenças bucais mais comuns causadas pelo tabagismo. Para explicar essas patologias e de que forma elas nos afetam, conversamos com a Dr. José Henrique de Oliveira, cirurgião dentista e diretor de Operações do INPAO Dental.

1-    Comprometimento dos tecidos periodontais (gengivais)

Por possuir quase cinco mil compostos químicos, o cigarro afeta diretamente os tecidos periodontais, responsável por todo o sistema de implantação e suporte dos dentes. Entre os principais problemas estão a diminuição da vascularização; a alteração da resposta inflamatória e imunológica; o aprofundamento das bolsas periodontais e as interferências em cicatrizações pós- terapias.

2-    Guna (Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda)

A Guna, também conhecida como Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda, é uma doença periodontal relativamente incomum. Ela se manifesta em pacientes jovens na presença de estresse associada à má higiene bucal. Entre as suas principais características clínicas podemos incluir úlceras, necrose, dor e sangramento da gengiva.

3-    Manchas nos dentes

Apesar de não ser considerada exatamente uma doença, o cigarro contribuiu para a geração de manchas na parte de fora dos dentes, problema que incomoda muita gente devido a questão estética. Para resolver, muita gente abusa do clareamento dental, quando o mais correto é parar, ou pelo menos reduzir, não apenas o consumo de cigarro, mas também de alimentos como o café, chá e bebidas com corantes artificiais.

4-    Candidíase

Conhecida popularmente como “sapinho”, essa doença é caracterizada pela presença de áreas brancas facilmente removidas. Ocorre em pacientes com deficiência imunológica, corticóide terapia ou fatores locais como o uso de próteses e má higiene bucal. Para resolver esse problema, consulte seu médico para prescrever um enxaguatório bucal antifúngico ou pastilhas (clotrimazol).

5-    Xerostomia

A sensação constante de boca seca, consequência ou não da alteração na quantidade e qualidade da saliva, também é resultado do hábito de fumar. Para a maioria dos pacientes só pode ser oferecido alívio sintomático, melhorando a higiene bucal rígida e um controle na dieta. Porém, em casos mais agudos, é necessário reativar a secreção das glândulas salivares com tratamento químico e acompanhamento do cirurgião dentista.

6-    Halitose

A halitose é uma condição anormal do hálito e indica um desequilíbrio local ou sistêmico. O fumo contribui para exacerbar o odor, favorecendo a descamação e redução do fluxo salivar. Por sua vez, esse problema propicia a formação da saburra lingual, a popular língua branca, causada por uma placa bacteriana esbranquiçada, que se forma no fundo da língua.

7-    Câncer bucal

Por fim, e com certeza a doença mais fatal, o câncer de boca é uma patologia mais comuns entre os fumantes. O crescimento anormal e desordenado de massa ou tecido, pode ser maligno ou benigno. Entre as suas principais características clínicas estão a úlcera; o surgimento de bordas nítidas elevadas e endurecidas; e o sangramento fácil.

Vale lembrar ainda que quem fuma pode perder os dentes muito antes de alguém que não tem o vício, já que uma das consequências do tabagismo é o agravamento das doenças periodontais, que afetam as gengivas e os ossos ao redor dos dentes. “Para minimizar os riscos de desenvolver essas doenças, o ideal é que o fumante visite a cada seis meses seu cirurgião dentista para prevenir eventuais lesões ou possibilitar uma intervenção precoce, caso seja necessário”, afirma o Dr. José Henrique de Oliveira, diretor de Operações do INPAO Dental.

Fonte: SEGS

Dentista ensina como não deixar as crianças engolirem pasta

A supervisão e exemplo dos pais, o sabor escolhido e o tipo de creme dental fazem toda a diferença no momento de ensinar higiene bucal para os pequenos 

Uma das principais preocupações dos pais ao introduzir o hábito de escovar os dentes no dia-a-dia das crianças é que o produto seja engolido e acabe prejudicando a saúde delas. Apesar desse risco, a pasta pode e deve ser usada desde bem cedo, a partir do momento em que aparecerem os primeiros dentinhos, época que varia entre seis meses e um ano.

Para Marcelo Bönecker, professor titular de Odontopediatria da USP, o importante é ficar atento ao volume de pasta e o quanto de flúor ela possui em sua composição. Quando a criança ainda possui poucos dentes na boca a quantidade de pasta deve ser referente a um grão de arroz. Quando ela já tiver com quase todos os dentinhos (pelo menos 2/3), já pode ser a quantidade de um grão de ervilha. “O mais importante é ter certeza que a pasta escolhida possui flúor (fundamental para combater a cárie), mas na quantidade certa para as crianças (com 1100ppm)”.

Porém, o mais importante para que ela não engula o produto, é a supervisão e o exemplo dos pais. “Sempre recomendo que os pais escovem os dentes com os filhos até os 7 anos, porque, além de serem exemplos para as crianças, podem ensinar e controlar como o procedimento está sendo feito”, diz o especialista. É mais ou menos nessa fase que a criança passa a ter total controle motor e de deglutição.

Cuidado ao escolher o sabor

Um alerta interessante que Marcelo faz aos pais é na escolha do sabor da pasta de dente. Segundo ele, muitos adultos optam por pastas infantis com sabores agradáveis (como tutti-frutti ou morango) na tentativa de incentivar o gosto pelo ritual da escovação.

“Essa é uma prática bacana, mas justamente por gostar do sabor da pasta é que muitas crianças acabam por engoli-la de propósito, ou pior, a comem como se fosse gelatina. Quando a criança insiste nesse tipo de comportamento, mesmo com represália dos pais, recomendo que eles passem a comprar pastas com sabores mentolados e fortes, para que a criança sinta necessidade de cuspi-la rapidamente por conta do sabor desagradável” diz o especialista.

Fluorose 

No entanto, mesmo com a supervisão dos pais, às vezes os baixinhos acabam ingerindo um pouco de pasta de dente. Mas segundo Marcelo, não há motivo para se desesperar. “Na verdade, não há nenhum grande mal nisso, senão a vigilância sanitária ou o Ministério da Saúde não permitiriam a circulação do produto para uso infantil”.

Segundo ele, a intoxicação mais preocupante é a crônica (quando a criança engole grandes quantidades de pasta/flúor). “Nesses casos, o principal problema que pode acontecer é a fluorose nos dentes permanentes, que são manchas no esmalte dentário”.

Porém, segundo um estudo feito no Brasil pelo Ministério da Saúde em 2010, a prevalência de fluorose dentário em crianças até 12 anos é pequena (16,7%), sendo o percentual delas com fluorose severa considerado praticamente nulo.

Fonte: Terra

Informações sobre os implantes odontológicos

Evolução dos Implantes Odontológicos: da história aos dias atuais.

 

Na década de sessenta do século passado, dentre os implantes que existiam para serem utilizados pelo Cirurgião-Dentista, os chamados laminados e os sub-periósteos eram os preferidos para reabilitação protética. Nesta época apareceram também os implantes em forma de agulha, feitos de tântalo, e os parafusos de Garbacio, que, embora realizassem a osseointegração, não tinham previsibilidade protética, o que prejudicava biologicamente a função das próteses que eram colocadas sobre estes implantes. Infelizmente alguns profissionais de Odontologia ainda utilizam estes implantes nos dias atuais, demonstrando total falta de adaptação aos estudos e à evolução científica. Talvez seja pela facilidade de instalação destes implantes, que, muitas vezes não necessitam de “cortes na gengiva”, o que para o paciente e para o “marketing” é bastante atraente. A biologia dos tecidos duros e moles da cavidade bucal ficam relegados ao segundo plano, o que para alguns profissionais não tem muita relevância.

 

 Graças aos estudos do professor Per Ingvar Branemak, da Universidade da Suécia, iniciados em seres humanos  na década de setenta do século passado e graças também aos estudos feitos  na Universidade de Toronto, no Canadá, na década de oitenta e publicados no início da década de noventa, os implantes de titânio, osseointegráveis, em forma de parafuso, imitando raiz dentária e com previsibilidade protética, chegaram para dar aos pacientes as funções de estética e mastigação com alto grau de previsibilidade, sendo aceito pela comunidade científica nacional e  internacional como a alternativa preferencial para repor dentes perdidos. Estes implantes são aceitos pelos principais centros de pesquisas de todo o mundo como o que há de melhor na atualidade, respeitando a biologia dos tecidos bucais.

Para que se tenha ideia do papel que os  implantes de titânio em forma de parafuso, imitando raízes dentárias, desempenham dentro da Odontologia atual, basta que sejam observados alguns itens que podem ser enumerados abaixo.

1-      Na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense, no ensino da Implantodontia no curso de graduação e no de pós-graduação, os implantes osseointegráveis de titânio, com previsibilidade protética, são os utilizados, tanto no atendimento aos pacientes como nos trabalhos de pesquisa realizados.

2-      Os livros de Implantodontia do terceiro milênio, que são utilizados pelos alunos de graduação e de pós-graduação, adotam os implantes de titânio, tipo parafuso e de forma radicular para o ensino desta especialidade.

3-      As principais revistas científicas de todo o mundo e também as do Brasil  publicam artigos de pesquisa quando estão relacionados aos implantes atuais, que podem também ser chamados de implantes contemporâneos.

Vários outros itens poderiam ser listados acima, porém achamos que o que foi mostrado deve dar às pessoas interessadas em se submeter ao tratamento com implantes uma idéia do que pode exigido do profissional de odontologia, baseado nas evidências científicas.

Os dentes e suas estruturas

Os dentes estão localizadas nos ossos maxilar e mandibular, que têm por funções a mastigação e a  estética, auxiliando  na formação da fala (dicção). São formados por duas partes anatômicas principais: raiz e coroa. .
A coroa é a parte do dente que aparece quando abrimos a boca. A raiz é a parte que fica dentro do osso e que tem por finalidade transmitir para este  osso a força  recebida pela coroa durante a mastigação. O osso é protegido pela gengiva, que também protege parte do dente.O esmalte recobre toda a coroa dentária, protegendo-a  das agressões do meio bucal, dentro dos limites fisiológicos.Internamente podemos observar um espaço que vai desde o final da raiz até a coroa dentária, dentro do qual se encontram os vasos e nervos, que nutrem e dão sensibilidade aos dentes (é o tão conhecido “ canal,” com seu “nervinho”.

Como os dentes são perdidos?

As principais causas das perdas dentárias são as doenças cárie e periodontal.  A cárie é uma doença infecto-contagiosa e multi-fatorial, pois necessita da presença de uma bactéria especifica, bem como de açúcar e tempo para que o processo de agressão ao dente se desenvolva. O açúcar é metabolizado pela bactéria, produzindo um ácido, que por sua vez desminaraliza o esmalte dentário, provocando a cárie. Quando a doença cárie não é tratada, a sua progressão leva a perda das estruturas dentárias.
A doença periodontal agride os tecidos de proteção dos dentes (gengiva e osso), levando à inflamação gengival que, por sua evolução, atinge também o osso, que tem por função sustentar o dente. Quando esta doença se estabelece e fica bastante avançada,o osso de sustentação é destruído, levando à perda dentária. A placa bacteriana e o tártaro são os principais causadores desta doença que, na maioria das vezes não causa dor, principalmente quando está em sua fase inicial. Um ligeiro sangramento é, na maioria das vezes, detectado pelo paciente. O único meio de evitá-la é a higiene oral adequada e a visita periódica ao Dentista.

Como repor dentes perdidos?

Quando um dente é perdido, este pode ser reposto de varias formas. A mais comum e mais em conta financeiramente é a prótese parcial removível, que substitui o dente perdido e pode ser removida  para a limpeza , porém tem o inconveniente de necessitar dos dentes vizinhos para se apoiar, objetivando sua retenção. A ponte fixa é uma outra alternativa, mas tem também o inconveniente de utilizar os dente vizinhos para se apoiar. O implante dentário é uma alternativa mais moderna para auxiliar na substituição dos  dentes perdidos, pois não necessita dos dentes vizinhos para exercer sua atividade.

O que é um implante dentário?

O implante na realidade é um parafuso de titânio que, quando colocado no osso, exerce as funções de uma raiz, pois sobre ele é colocada uma coroa dentária. Pode servir também , quando colocado no osso, para reter próteses totais (dentaduras), dando maior estabilidade durante a mastigação.

Indicações e contra-indicações dos implantes dentários

Os implantes dentários estão indicados para quase todos os casos de ausência de dentes. . As contra-indicações mais comuns são os casos em que os  pacientes  não possuem osso em quantidade e qualidade suficientes para a instalação do implante. Nestes casos há a necessidade de procedimentos de regeneração óssea para que seja indicado o tratamento com implantes. 
O paciente que será submetido ao tratamento com implantes osseointegráveis passa por uma série de exames, visando diminuir as possibilidades de que o implante não se prenda ao osso (fique osseointegrado). Dentre os fatores que interferem no índice de sucesso dos implantes podemos citar:

1- DIABETES. È fato que a elevada taxa de glicose no sangue interfere na formação óssea e na cicatrização, sem falar na disfunção renal e outros problemas associados ao metabolismo de substâncias necessárias ao metabolismo do organismo.

2- OSTEOPOROSE. A osteoporose é uma doença óssea que se traduz por diminuição do tecido ósseo, mudando a sua estrutura mineral. A prevalência maior  é em indivíduos idosos e em mulheres na menopausa.É um fator de risco que deve ser observado e colocado para o paciente , pois pode afetar o sucesso do tratamento. 

3- TABAGISMO. O fumo diminui a formação óssea por atuar diretamente sobre as células que formam osso. Pesquisas mostram que a perda de implantes em pacientes fumantes é o dobro daquela observada em pacientes não fumantes.
A idade mínima para se submeter ao tratamento com implantes é em torno de 18 anos, época da vida em que, geralmente, o esqueleto humano já está completamente formado. Com relação a idade máxima, devemos ter o bom senso de analisar as condições gerais do paciente, para então propor o tratamento.

Enxertos ósseos na cavidade bucal

Os ossos que compõem o esqueleto do corpo humano possuem várias funções, dentre as quais podemos citar as de reserva de cálcio, fósforo e de dar estrutura ao corpo. Na cavidade bucal, após a extração dentária, o osso do local onde se alojava o dente sofre um processo de reabsorção e conseqüente perda óssea durante e após a cicatrização, perda óssea esta que avança por toda a vida do indivíduo.

Vários fatores contribuem para a aceleração da perda óssea no local da extração e dentre estes podemos citar as próteses parciais removíveis (roach e  encaixe ) e a prótese total (dentadura). A força exercida pela mastigação pressiona o osso, fazendo com que ao longo do tempo vá perdendo substância, ficando diminuído em altura e largura.

A perda óssea dificulta a colocação dos implantes, o que leva, na maioria dos casos, à necessidade de procedimentos de ENXERTOS ÓSSEOS no local, visando a futura instalação dos implantes.

O melhor tipo de enxerto é aquele no qual se retira um pequeno bloco ósseo da mandíbula (maxilar inferior), colocando-o no local onde há a falta de osso. Após 6 meses, em média, é possível a colocação do implante no local enxertado. É um procedimento bastante previsível e com margem mínima de erro.

Existem também os materiais de preenchimento e de indução à formação óssea, que são derivados de ossos humanos e de origem bovina, além dos materiais sintéticos. Estes materiais também são bastante utilizados, mas são menos previsíveis e com margem de erro maior. Suas indicações visando o aumento de volume ósseo com o objetivo de colocação de implantes são restritas e muito bem definidas. A elevação do assoalho do seio maxilar, com o objetivo de se ganhar volume ósseo para a colocação de implante é um procedimento no qual alguns destes materiais estão indicados.

 Carga imediata em implantes osseointegráveis

Este termo é utilizado quando o implante é instalado  e imediatamente ( ou até 48 horas depois), é ativado, ou seja, é colocada a prótese. Esse tipo de tratamento é muito indicado em paciente que são desdentados totais. Cinco ou mais implantes são instalados na mandíbula ou na maxila e uma prótese total é parafusada nestes implantes, permitindo que o paciente possa desempenhar as suas funções mastigatórias imediatamente ao término da cirurgia.
Existem casos também em que implante unitário é instalado após uma extração dentária ou em local cicatrizado e sobre ele é colocada uma coroa dentária, somente com a função de estética. Este procedimento é comum em dentes anteriores (da frente). Nestes casos não há  função mastigatória.

 Dente com extração indicada

A  maxila (maxilar superior) e a mandíbula são estruturas ósseas que têm por objetivo alojar e suportar os dentes para que os mesmos desempenhem suas funções no aparelho mastigatório. Quando um dente é perdido,  o osso que servia de suporte perde a sua função e sofre um processo de reabsorção natural , ficando diminuído em altura e em  largura. Se nenhum procedimento cirúrgico específico for realizado logo após a extração, com o objetivo de minimizar ou evitar a perda óssea no local , teremos,com certeza, uma menor quantidade de osso após a cicatrização , dificultando desta forma a colocação de um implante ou até mesmo de uma prótese convencional,  para desempenhar as funções do dente perdido.

Na atualidade, quando não for possível a colocação imediata do implante no local da extração,  o procedimento cirúrgico que deve  ser realizado pelo Cirurgião-Dentista após a extração dentária, com o objetivo de preservar a altura e a largura do osso no  local onde o dente foi extraído, é a técnica da Regeneração Óssea Guiada. Este procedimento, fundamentado em pesquisas nacionais e  internacionais recentes,  consiste no  recobrimento do local onde estava o dente, com uma membrana(também chamada de barreira), que tem a função de proteger o local da extração, para que o osso possa ser formado . A membrana utilizada pode ser do tipo absorvível (como o próprio nome está dizendo, é absorvida pelo organismo), ou não absorvível, que é removida depois de um período de tempo que pode variar de 30 até 90 dias.

No caso onde não houve perda óssea no local da extração, a colocação da membrana cobrindo somente  o coágulo  sanguíneo é suficiente para prevenir ou minimizar a perda óssea após a extração. 

Em casos onde existe a  perda óssea que possa comprometer a fixação do implante no osso,(causada por infecção ou não), a indicação é o preenchimento do local com materiais que irão manter a arquitetura do osso, e por cima destes materiais é então colocada a membrana( barreira).

Várias substâncias podem ser usadas para preencher o local da extração, começando pelo próprio  sangue do local (coágulo sanguíneo), passando pelo osso do próprio paciente, que pode ser retirado de outro local da boca , (raspado e/ou triturado),osso oriundo do banco de ossos,  até a utilização de  substâncias denominadas biomateriais. Dentre os biomateriais existentes,  podemos citar as hidroxiapatitas, que podem ser obtidas de ossos da espécie humana, de bovinos ou  sintetizadas em laboratório. As hidroxiapatitas representam a parte mineral do osso.

Nos Cursos de Pós-graduação em Implantodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense utilizamos como rotina , (em casos de extração onde não é possível a colocação imediata de um implante),  uma Hidroxiapatita absorvível microgranular sintética produzida nos Estados Unidos da América (nome comercial: Osteogen),  para preenchimento do local da extração, cobrindo-a com uma membrana não absorvível, que é removida posteriormente. Em alguns casos utilizamos membrana de colágeno, que é absorvida pelo organismo.

Após a realização deste procedimento  deve-se aguardar, em média, de 3 a 6 meses para que possa ser colocado o implante.

É importante frisar que este técnica visa minimizar ou prevenir a perda óssea após a extração dentária, não estando descartada, em alguns casos, a hipótese da necessidade de posterior cirurgia para aumentar o volume ósseo, em casos de colocação de implantes.

Os resultados clínicos obtidos nos Cursos de Pós-graduação em Implantodontia da UFF desde 2001, juntamente com nossas pesquisas, nos mostram ser este um procedimento clinico seguro para a preservação óssea após a extração dentária, possibilitando a posterior colocação dos implantes ou mesmo a colocação de próteses convencionais.

 Dúvidas mais comuns

1– Qual a função do implante dentário?
O implante dentário intra-ósseo tem a função de uma raiz dentária, pois sobre ele (ou eles), serão colocadas as próteses e seus componentes. Os implantes servem, portanto para suporte de próteses.

2 – O implante tem rejeição?
O implante dentário é de titânio comercialmente puro, grau IV, não sofre corrosão, não produz nenhum tipo de reação antigênica no organismo, sendo imunologicamente inerte, portanto não tem rejeição. Como a boca é um local contaminado, mesmo com todos os cuidados de anti-sepsia pode ocorrer infecção no local e levar a perda do implante, mas é um percentual muito pequeno.

3 – Quais são os riscos da cirurgia para a colocação dos implantes?
Na avaliação pré-cirúrgica é feita a medicação pré-operatória com analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos. A cirurgia é realizada com anestesia local e após sua realização o paciente recebe uma bolsa de gelo para aplicar no local com a finalidade de evitar o edema (inchaço). Os exames pré-operatórios liberam o paciente para a cirurgia, diminuindo ainda mais os riscos de complicações. É considerada uma cirurgia oral menor e tem duração em média de uma hora a uma hora e meia, após a qual o paciente deve repousar, conforme as recomendações pós-operatórias que lhe são passadas, por escrito, após a cirurgia. Recomendamos que o paciente faça repouso nas primeiras 24/48 horas, utilizando nas refeições alimentos líquidos e/ou pastosos, de preferência frio ou gelado. È fundamental que o paciente siga as recomendações.

4 – Qual é a garantia que eu tenho que o implante vai ficar “preso” no osso?
A garantia está implícita nos índices de sucesso que são divulgados nos trabalhos científicos internacionais que são divulgados nas revistas especializadas. Estes trabalhos relatam taxas de sucesso para cada local das arcadas dentárias, sendo menor as perdas na região anterior da mandíbula (queixo) e maior na região posterior do maxilar superior. Em média estas taxas ficam entre 8 e 10% de perda de implantes.

5 – Quanto tempo dura um implante?
Não há uma resposta concreta na literatura científica mundial, tendo em vista que existem fatores que interferem na duração do implante, tais como higiene bucal do paciente e não comparecimento às consultas periódicas de manutenção. Pela nossa prática clínica podemos afirmar que um implante osseointegrado com uma prótese bem realizada e com higiene controlada do paciente pode permanecer na boca por 10 anos ou mais.

6– Uso prótese convencional e quero receber implantes; vou ficar sem usar a prótese
durante este período?

O ideal é que o paciente fique sem usar a sua prótese nos primeiros dias após a cirurgia. Evitar o uso da prótese só traz benefícios para a cirurgia e conseqüentemente para o paciente. A partir do momento em que vai ocorrendo a cicatrização a prótese vai sendo ajustada pelo dentista. O princípio fundamental do procedimento da colocação de implante é manter a estética tanto quanto o possível, sem prejuízo do sucesso da cirurgia, principalmente no que diz respeito à medicação. Também é feita a orientação para a limpeza com antisséptico diariamente, por meio de “bochechos”.

7 – Quando tempo leva a colocação do trabalho de prótese sobre implante?
Para todo trabalho ser concluído passamos por 3 fases: primeiro é realizada a cirurgia, conforme já foi descrita neste manual, e aguardamos em média 3 meses para a cicatrização. São realizadas em média 3 consultas até a realização da cirurgia. Após o tempo necessário para que o implante fique “preso” no osso, é feita a reabertura do tecido mole (gengiva) é colocado o cicatrizador. Após mais ou menos 3 semanas de colocação do cicatrizador, é iniciada a fase de moldagem para a colocação dos componentes intermediários e a prótese. Pelo que foi descrita, podemos concluir que em média são necessários de 7 a 8 consultas para se ter o trabalho final concluído.

8 – Quais são os cuidados que devemos ter depois que colocamos o implante e a
prótese?

Toda prótese está sujeita a acidentes durante o ato mastigatório. O paciente deve evitar alimentos excessivamentes duros e de pigmentação forte. O controle da placa bacteriana deve ser o mesmo para implantes e os dentes naturais. O controle periódico deve ser feito pelo dentista, pelo menos (uma vez a cada 6 meses).

9 – Caso eu tenha pouco osso, que tipo de cirurgias de enxertos podem ser feitos?
Os enxertos para ganho ósseo em altura e largura podem ser feitos com enxertos de tecido ósseo retirado do próprio paciente, nos seguintes locais: dentro da boca, principalmente da mandíbula e fora da boca, na região de osso ilíaco, o local mais comum. Podem também serem utilizados biomaterias, que podem ser naturais ou sintéticos, geralmente com um custo mais elevado. Após no mínimo seis meses da realização da cirurgia, dependendo da cirurgia, os implantes podem ser colocados. Os enxertos autógenos, isto é, retirados do próprio paciente, geralmente têm um índice de sucesso bem maior que os biomaterias.

10 – Quantos implantes podem ser colocados em uma só cirurgia?
O bom senso manda que não devemos sacrificar o paciente durante o procedimento cirúrgico. Portanto, tudo depende do exame clinico e do planejamento cirúrgico do caso.

11 – Que tipo de anestesia é utilizada?
Quase que a totalidade dos implantes colocados são com anestesia local, podendo, em alguns casos, ser necessária a presença de um médico anestesista para fazer uma sedação consciente, com o objetivo de tornar a cirurgia mais agradável para a paciente..

12 – Sou portador de problemas cardíaco, posso ser submetido ao tratamento com
implante?

Os cardiopatas são distribuídos em graus de complexidade da doença. Nestes casos é solicitado ao médico cardiologista uma avaliação com relação ao risco cirúrgico, e medicações especiais são prescritas e na sua grande maioria dos casos a cirurgia é realizada.

13 – Que tipo de implante é utilizado na atualidade?
O implante utilizado é de titânio comercialmente puro, grau IV, tipo parafuso, imitando raízes dentárias, de 2 tempos cirúrgicos e osseointegraveis. Na maioria  das vezes o implante é instalado no osso e aguarda-se em média 3 meses para a colocação da coroa (dente) sobre o implante. Este sistema é aceito pela comunidade científica internacional, com publicações nos principais centros de implantodontia do mundo.

14 – É possível extrair um dente comprometido, e em seu lugar colocar imediatamente
um implante com função mastigatória?

Nos casos unitários as indicações estão mais restritas, sendo indicados apenas para alguns poucos dentes e em situações especiais. Nos casos de múltiplos implantes, principalmente na região anterior da mandíbula (queixo), este procedimento é mais freqüente e tem respaldo em publicações internacionais.

15 – Porque os implantes são chamados de osseointegrados?
O implante aceito pela comunidade científica internacional, de titânio, imitando raiz dentária, após sua colocação intra-óssea e passado o tempo necessário, fica “preso” no osso, através de uma fixação rígida, o que cientificamente foi denominado de osseointegração pelo pesquisador sueco Professor Branemark, em 1969.

16 – Os procedimentos de colocação dos implantes são autorizados pelas leis brasileiras?
Quem pode realizar?

A implantodontia foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia no ano de 1993, ano em que o Ministério da Saúde obrigou aos fabricantes nacionais a terem o produto registrado e na embalagem deve constar o tipo de esterilização, prazo de validade e outros itens. Podem realizar procedimentos de colocação de implantes os cirurgiões dentistas habilitados para tal, como por exemplo os especialistas em Implantodontia, periodontia e cirurgia buco maxilo facial.

17 – Quais são as causas de perda de implante? E se perder o implante, como devo
proceder?

A maior quantidade de perda do implante acontece após a função mastigatória ser iniciada, possivelmente pela falta de higiene do paciente, excesso de carga mastigatória ou planejamento protético mal executado. No primeiro tempo cirúrgico, durante o tempo de “cicatrização” do implante, dificilmente acontece infecção no local. Durante a cirurgia com os cuidados de anti-sepsia e irrigação que são tomados, dificilmente ocorre algum tipo de problema. É importante ressaltar que os cuidados pós-operatórios são fundamentais para o sucesso do implante. Sendo constatado perda do implante, este pode ser removido e em seu lugar colocar outro, imediatamente ou logo após, dependendo do caso. Sempre ao se proceder a reabilitação de outros elementos dentários deve-se ter cuidado especial com o(s) elemento(s) suportado(s) por implante(s).

18 – Quanto tempo demora a cirurgia para a colocação do implante?
Para a colocação de apenas um implante, o tempo gasto é, na grande maioria das vezes, em torno de 30 minutos à uma hora. Para dois ou mais implantes, geralmente o tempo gasto não ultrapassa 2 (duas) horas.

19 – Tenho um dente “da frente” que está com problemas e tem que ser extraído
para a colocação do implante. Vou ficar sem dente durante o tratamento?

Não. Existe a possibilidade de ser confeccionada uma prótese provisória que poderá ser usada enquanto se aguarda para a colocação da prótese sobre o implante ( “dente”).

20 – De que maneira o implante é colocado no osso?
Após todos os procedimentos cirúrgicos, o osso é exposto e nele é feito um orifício com a profundidade do implante. Neste orifício é colocado o implante, que é “parafusado” para ficar bem preso.

21 – Quais são as contra-indicações para a colocação de implantes?
Existem contra-indicações que podem ser revertidas e outras não. A maioria pode ser revertida, como por exemplo a falta de osso no local, podendo ser feito um enxerto ósseo. A falta de espaço para o implante também pode ser revertida com movimentação ortodôntica.

Fonte: UFF – PROIM

Cuidar da gengiva aumenta a imunidade de pacientes com HIV

Durante a pesquisa, foi constatado que algumas bactérias causadoras da periodontite tinham a capacidade de modificar as funções do vírus que causa a AIDS

 

Um estudo realizado por profissionais das principais instituições de ensino do país – USP, UNIP e UNICAMP – concluiu que cuidar da saúde periodontal pode aumentar a imunidade de pacientes com HIV.

Para entender a pesquisa é necessário saber que a doença periodontal é uma infecção forte na gengiva que provoca sangramento, perda de estruturas ósseas e, em alguns casos, perda do dente.  Por ser uma infecção, há a presença de bactérias que, além da boca, podem se espalhar pelo organismo.

“Durante a pesquisa, percebemos que algumas dessas bactérias tinham a capacidade de modificar as funções do vírus que causa a AIDS, aumentando sua capacidade de se multiplicar, por exemplo”, diz Renato Corrêa Viana Casarin, professor do curso de Mestrado em Odontologia da UNIP e co-autor da pesquisa.

A partir disso, foi possível associar as infecções gengivais com a queda da imunidade de pacientes soropositivos. Ou seja, prevenindo ou controlando a periodontite é possível reduzir as bactérias que estimulam o vírus da HIV e, consequentemente, a quantidade de vírus no organismo.

“Já se sabe que quanto menos carga viral, maior a imunidade do indivíduo que possui o HIV. E isso ficou bastante claro em nossa pesquisa que, com o tratamento da periodontite, o número das células de defesa do organismo, chamadas linfócitos CD4, aumentavam”, diz o especialista.

Durante todo o tratamento e pesquisa o cuidado com a doença bucal sempre foi reforçado com informações sobre o benefício de se tratar a inflamação da gengiva e técnicas de escovação e remoção de placa bacteriana.

Saúde bucal e qualidade de vida

Com base nos resultados, os especialistas envolvidos na pesquisa garantem que ter uma higienização bucal impecável ajuda, e muito, a melhorar a saúde e a qualidade de vida dos portadores do vírus HIV.

“Os portadores do vírus HIV devem ter um rígido controle de sua saúde bucal, visitando o dentista frequentemente (período que varia de 3 a 6 meses, dependendo da indicação do profissional). Esses pacientes inclusive podem apresentar outros problemas bucais associados a presença do vírus HIV, sendo o diagnóstico e o tratamento precoce de grande importância para o tratamento e, consequentemente, para a saúde geral”, diz Renato.

Fonte: Terra

Dentes brancos: conheça os mitos e verdades sobre o clareamento

Quem não deseja um sorriso perfeito e superbranco? O clareamento é a arma mais utilizada para garantir o visual e um dos maiores motivos que fazem homens e mulheres irem aos consultórios. Mas qual é a melhor opção: caseiro ou laser? Essa é apenas algumas das muitas dúvidas que cercam o tema. O Puretrend conversou com o cirurgião-dentista Mario Groisman, mestre em Ciências Dentais pela Universidade de Lund, na Suécia, que identificou alguns dos questionamentos mais comuns sobre o procedimento. Confira:

O clareamento a laser trata dentes manchados?

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tyle=”text-align: justify;”>O clareamento dental a laser é indicado tanto para dentes escurecidos de maneira uniforme quanto para aquelas pessoas que tem pequenas manchas. Feito no consultório, o tratamento usa um gel à base de peróxido de hidrogênio, que quando penetra no esmalte e na camada externa do dente (conhecida como dentina) libera oxigênio e quebra as moléculas de pigmentação responsáveis pelo escurecimento.

Posso fazer clareamento em casa sem consultar um dentista?

O clareamento dental doméstico usa um gel clareador de baixa potência, que o paciente aplica por meio de uma moldeira de silicone feita em laboratório. Neste molde, o paciente aplica o gel clareador e o deixa na boca durante o tempo determinado pelo dentista, podendo inclusive dormir com ele. O tratamento dura entre 10 e 30 dias, só podendo ser feito com recomendação de um profissional especializado.

Como é feita a escovação durante o tratamento?

O paciente deve escovar os dentes com menos frequência durante o tratamento. Groisman explica que a pessoa que faz clareamento pode escovar os dentes normalmente, desde que a pasta não contenha corantes, pois os dentes estão mais sujeitos a manchas durante o tratamento.

Quem faz clareamento pode ficar com os dentes sensíveis?

Em alguns casos os dentes podem ficar sensíveis durante o tratamento, mas o sintoma pode ser controlado com o uso de produtos à base de flúor, por exemplo. A maioria dos produtos clareadores já têm, incorporados na sua fórmula, agentes que atuam para evitar o problema.

O dente clareado pode escurecer novamente?

Os dentes clareados escurecem naturalmente com o passar do tempo, mas dificilmente voltarão à cor inicial. Com passar da idade os dentes tornam-se mais escuros, sendo recomendadas novas sessões de clareamento.

O que diferencia do tratamento feito em casa e do feito com o dentista?

Em casa, o clareamento se faz de forma mais suave e não emprega o uso da luz que acelera o processo no consultório, no entanto, a duração e a eficácia dos dois métodos podem ser bem semelhantes, e vão depender muito dos hábitos do paciente, que deverá evitar a ingestão de alimentos e bebidas que repigmentem os dentes.

Uma das melhores formas de proteger os dentes dos inimigos como café e refrigerante seria usar um canudo?

O canudinho pode ser uma boa dica para proteção dos dentes uma vez que empurra o líquido diretamente para a garganta. Minutos depois de ingerir alguns desses “inimigos”, faça um bochecho com água. Isso vai ajudar a eliminar substâncias ácidas que escurecem e atacam seu cartão de visita. Meia hora depois, é claro, a escovação termina o serviço.

É verdade que precisa esperar para escovar os dentes depois de beber café, chá, sucos ácidos ou molho de tomate?

Trinta minutos é o tempo necessário para que a saliva possa agir e neutralizar o pH dos alimentos e bebidas. O café, o vinho, o refrigerante e o suco de laranja, por exemplo, apresentam pH inferior a 5,0. Portanto, são ácidos e causam erosão, levando a perda da estrutura dental (cálcio)

Fonte: Pure Trend